segunda-feira, 12 de julho de 2010

Estado do consumismo no mundo

 Vejam essas informações apontadas pela coluna Ecologia no jornal O povo de 12 de julho 2010.
É preciso repensar as práticas de consumo.

O Instituto Akatu e o Worldwatch Institute (WWI) acabam de lançar a versão em português do relatório Estado do Mundo – 2010. Produzido pelo WWI, traz anualmente um balanço com números atualizados e reflexões sobre as questões ambientais. Um dos dados que mais chama atenção no relatório é que ele aponta que apenas um sexto da humanidade consome 78% de tudo que é produzido no mundo. Segundo dados do relatório, na última década a humanidade aumentou seu consumo de bens e serviços em 28%. E para produzir tantos bens, é preciso usar cada vez mais recursos naturais. Entre 1950 e 2005, a produção de metais cresceu seis vezes, o consumo de petróleo subiu oito vezes e o de gás natural, 14 vezes. Atualmente, um europeu consome em média 43 quilos em recursos naturais diariamente – enquanto um americano consome 88 quilos, mais do que o próprio peso da maior parte da população.

Além de excessivo, o consumo é desigual. Em 2006, os 65 países com maior renda, que somam 16% da população mundial, foram responsáveis por 78% dos gastos em bens e serviços. Somente os americanos, com apenas 5% da população mundial, abocanharam uma fatia de 32% do consumo global. Se todos vivessem como os americanos, o planeta só comportaria uma população de 1,4 bilhão de pessoas. Atualmente somos quase sete bilhões, e projetam-se nove bilhões para 2050. A pior notícia é quem nem mesmo um padrão de consumo médio, equivalente ao de países como Tailândia, seria suficiente para atender todos os habitantes do planeta. A conclusão do relatório não deixa dúvidas: sem uma mudança cultural que valorize a sustentabilidade e não o consumismo, não haverá esforços governamentais ou avanços tecnológicos capazes de salvar a humanidade dos riscos ambientais e de mudanças climáticas.

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