terça-feira, 27 de outubro de 2009

A rota da sustentabilidade

Muitos empreendedores ainda têm a percepção de que responsabilidade social é assunto apenas para grandes empresas. Não é

Por Claudio Tieghi* 
 

Na semana passada, durante o 1º Simpósio de Responsabilidade Social realizado pelo setor de franchising, a colocação de um executivo de uma empresa franqueadora me chamou atenção. Tal qual uma grande parcela de empreendedores do país, esta rede de franquias planejava aderir a práticas de responsabilidade social, mas não sabia por onde começar, nem em que área atuar.

O grande empecilho é que muitos empreendedores ainda têm a percepção de que responsabilidade social é assunto apenas para grandes empresas. Não é.

No passado, quando a RSE (Responsabilidade Social de Empresas) era tida como a capacidade de fazer grandes investimentos em projetos sociais, até poderia haver essa leitura. Mas ao longo da última década, o termo ampliou e ganhou novos significados. O principal deles é a sustentabilidade. E este termo permeia tudo que diz respeito à gestão da empresa.

Hoje, para ser socialmente responsável, é necessário primeiro analisar questões como: a empresa faz bom uso dos recursos naturais? Trata com respeito seus funcionários? Escolha fornecedores confiáveis e conhece sua cadeia de produção? Entrega produtos ou serviços com qualidade desejável? Cuida dos resíduos que produz? Todos esses itens, entre muitos outros, dizem respeito a qualquer tipo de empreendimento e é possível analisar cada um deles graças aos Indicadores de RSE desenvolvidos pelo Instituto Ethos. Eles contemplam categorias setoriais para que uma gama maior de empresas, mesmo as pequenas, possam utilizá-los com êxito. Existem indicadores para o setor de mineração, financeiro, construção civil, para micro e pequenas empresas e, desde o ano passado, também para o franchising. Os indicadores são perguntas reunidas em questionário cujas respostas, sigilosas, são processadas internamente pelo Instituto Ethos. O resultado é entregue à empresa e ela pode comparar a nota que recebeu com a média obtida pelas empresas, além de compará-la às empresas que conquistaram os melhores resultados e assim ter uma ideia de como se posicionar em relação a cada item avaliado. É uma boa radiografia de como anda a responsabilidade social do próprio negócio. Por exemplo, a empresa pode se sair bem em aspectos éticos como definido no item “Práticas anticorrupção e antipropina”, mas se sair mal no quesito “Critérios de contratação e valorização da diversidade”. E essa consultoria, acessível e gratuita, oferece os subsídios necessários para que a empresa descubra o “por onde” e “como” começar, tornando a responsabilidade não só acessível, mas também uma grande aliada na gestão dos negócios. O importante é dar o primeiro passo, principalmente em tempos de Aquecimento Global.

*Claudio Tieghi é presidente da Associação Franquia Solidária (Afras), braço de responsabilidade social da Associação Brasileira de Franchising (ABF).


http://revistapegn.globo.com/Revista/

Um comentário:

  1. Olá,
    meu nome é Luiza Caruzo, sou estagiária da Empresa Júnior La Salle, temos um blog sempre atualizado com artigos e eventos dobre empreendedorismo. Ulyimamente temos nos direcionado ao tema de sustentabilidade, comentamos e postamos o artigo acima pois achamos muito interessante.
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    Grata pela atenção!

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